Hábito de gastar x hábito de poupar

Muitos reclamam da falta de dinheiro, mas quantos param para pensar na relação hábito de gastar x hábito de poupar? Quantos estão realmente empenhados em mudar a maneira de consumir? Não existe mágica em finanças pessoais e a matemática é beeeeem simples: gastos maiores do que ganhos geram endividamento; gastos menores do que ganhos resultam em capacidade de poupança e de investimento.

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Poupar é uma coisa; investir é outra

Essas duas situações são realmente diferentes. Por quê?

Digamos que, depois de pagar suas contas todos os meses, você consiga economizar determinado valor, mas guarda essa sobra embaixo do colchão. Você consegue poupar, certo? Só que não investe, porque investir é fazer escolhas no mercado financeiro (títulos públicos, CDBs, LCIs etc.) para que seu suado dinheirinho gere rendimentos, aumente. Como isso é possível?

Primeiro, adquirindo conhecimento por meio de cursos, livros, vídeos etc. ou contando com ajuda profissional; segundo, fazendo um bom planejamento – com base em seu orçamento – para investir e formar seu patrimônio, ainda que seja um pouquinho por mês, estabelecendo objetivos de curto, médio e longo prazos e focando neles.

Agora, independentemente do que você sonha em alcançar, seu primeiro objetivo deve ser a formação da reserva de emergência.

O que é reserva de emergência

É o resultado da multiplicação de seus gastos mensais por determinado número de meses – de 6 a 10 – para que, se algo inesperado acontecer em sua vida (como doença, perda de emprego, carro quebrado, necessidade de cuidar de alguém etc.), você tenha como pagar, como se manter sem se desesperar. Como é feita essa conta?

Se seus gastos mensais são de R$ 5.000,00, por exemplo, multiplique por 6 ou por 10 (R$ 30.000,00 ou R$ 50.000,00): esse deve ser o valor de sua reserva de emergência – que deve estar num investimento que permita saques a qualquer momento sem perder o rendimento.

Mas por que essa variação de 6 ou 10 meses? Encontramos essas recomendações entre diferentes profissionais na área de finanças pessoais (há até quem diga que 3 meses são suficientes), mas o que muda é se a pessoa tem emprego em sistema CLT, se é funcionário público ou se é PJ, autônomo e profissional liberal. Para os dois primeiros grupos 6 meses são suficientes; para o segundo, 10 meses.

Para o que dizemos “sim” ou “não”?

Mas se ainda não aprendemos a poupar para investir, se não mudamos os hábitos não há como obtermos resultados diferentes na vida financeira. As escolhas de gastos que fazemos no dia a dia são determinantes. Mesmo os que parecem mais insignificantes podem trazer um resultado incrível no futuro. Quer ver um exemplo?

Digamos que você tenha o hábito de tomar um cafezinho todos os dias e paga R$ 5,00 por ele. Multiplicando por 30 dias no mês são R$ 150,00 que, se investidos pelos períodos abaixo a uma taxa de 6,15% a.a. resultam em:
R$   25.051,80 em 10 anos
R$   71.011,86 em 20 anos
R$  155.838,11  em 30 anos
R$  312.397,44 em 40 anos

Parece inacreditável, mas não é. Juros compostos trabalhando a nosso favor é tudo de bom! (rs) É o caso de cortar totalmente o delicioso cafezinho? Pode ser que sim, mas o objetivo neste post é te mostrar como pequeno gastos que parecem tão inofensivos podem resultar em perdas consideráveis no longo prazo.

Acesse o Me Poupe, de Nathalia Arcuri, e faça simulações de rendimentos – clique aqui. Pense em seus objetivos e faça escolhas conscientes.

*Essa taxa pode sofrer alteração, dependendo da política monetária do Banco Central. Para atualização, visite o site www.b3.com.br.

Escrito por Amandina Morbeck,

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