O cheque do Stephen King

Publicado em por Amandina Morbeck em Cotidiano, Gente
Stephen King.

Foto: Reprodução – Maja Hitij/Corbis

O filme It: A Coisa, baseado no livro It do escritor Stephen King, bateu recorde de bilheteria nos Estados Unidos – arrecadando mais de US$ 50 milhões no primeiro dia de exibição – e terá continuidade com os personagens mirins, dessa versão, já adultos. Quem assistiu diz que é realmente muito assustador, mas não é por causa desse auê em torno do filme que quis escrever este post. A questão é que sempre que ouço o nome de Stephen King lembro-me de um fato que aconteceu quando eu morava nos Estados Unidos.

Em 1997, matriculei-me na Sarasota School of Massage Therapy em Sarasota, Flórida para um curso de massagem com duração de seis meses. Na sala havia pessoas de diferentes estados americanos e uma de minhas colegas era a Sarah, uma garota engraçada e bem legal que compartilhava uma casa com a Tara, ambas do Maine e que estavam em Sarasota apenas para fazer o curso. Dentro e fora da escola nossa convivência era muito cordial e fizemos muitas coisas juntas naquele período.

Uma manhã, durante o intervalo, fui falar com a secretária da escola e, enquanto eu esperava, pois ela não estava na recepção, fiquei olhando o que havia em cima de sua mesa. De repente, vi um cheque assinado e o nome abaixo da assinatura era Stephen King. Observei outros detalhes, como o número da conta, que era 00001 e que a assinatura era um rabisco. Quando a secretária voltou, conversamos sobre o que eu precisava e aí comentei, na brincadeira, que o cliente daquele cheque era xará do escritor famoso. Ela riu e  disse, enfática: “Mas esse cheque é do escritor, Mister King!”. Levei um susto e perguntei se ela falava sério. Ela confirmou e disse que minha colega de sala, Sarah, era sobrinha da mulher do Stephen King e ele pagava as mensalidades dela na escola. Caramba!

De volta à sala, fui direto falar com minha colega, que confirmou a história e contou sobre o quanto seu uncle Stephen era generoso. Mal pude acreditar que peguei um cheque do famoso Mister King na mão e, depois disso, ouvi várias histórias sobre ele contadas em primeira mão por uma parente dele. Nada como sair da zona de conforto, correr mundo e ter a oportunidade de vivenciar encontros inusitados como esse.

Não sei mais sobre Sarah, pois infelizmente perdemos o contato com o passar dos anos, mas lembrar do cheque do Stephen King é lembrar dela também. Deu saudadinha daquele tempo…

 


 

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